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Etileno no café: saiba qual o segredo para obter uma maturação mais uniforme

O período da colheita do café se aproxima e o produtor torce para que nesta safra os frutos sejam mais uniformes, com menos varrição. Mas será que não podemos minimizar este problema e ainda garantir uma maior quantidade de fruto cereja? Os especialistas garantem que a solução é o equilíbrio na produção do etileno, uma substância produzida pela própria planta, que tem papel fundamental no amadurecimento, mas que também pode causar prejuízos se não for produzida de forma mais regulada.

O etileno é responsável pelo envelhecimento de diferentes partes das plantas, o que inclui as folhas, os ramos e também os frutos. No caso do café, o etileno entra em cena quando os frutos atingem o verde granado. Dali, o café evolui para o verde cana e depois para o cereja, que é o ponto ideal de maturação. O problema é que neste período o etileno – que é liberado em forma de gás – apresenta uma ação que vai além do fruto. Pode causar queda de folhas e agir, por exemplo, em frutos que apresentem manchas de alguma doença. Além disso, sabe-se que o café tem várias floradas, varia de ano para ano, o que acaba gerando grãos desuniformes.

O engenheiro agrônomo César Pirajá Figueiredo explica que o melhor caminho é apostar em produtos que ajudem a regular a produção de etileno. "Com produtos como o Mathury, da Satis, é possível retardar a liberação da substância, de forma que o etileno aja de forma mais eficaz, já que haverá tempo de produzir frutos que estão mais atrasados, garantindo assim uma maior quantidade de frutos cereja no período ideal de colheita”, diz.

Pesquisas revelam que, ao equilibrar a produção de etileno, é possível obter em média 20% a mais de café cereja e reduzir em 50% a quantidade de café de varrição. "Outro benefício interessante é que, depois da colheita, a planta estará mais enfolhada, o que favorece o pegamento da próxima florada", acrescenta Figueiredo.

 

Benefícios econômicos

O produtor pode se perguntar se vale a pena fazer este controle do etileno, já que para obter os ganhos de rendimento no café e a melhor remuneração, terá que investir na compra de produtos que ofereçam esta solução. Mas o engenheiro agrônomo garante que a conta é extremamente favorável. “Nas experiências que fizemos com o Mathury em propriedades no sul de Minas, por exemplo, houve um acréscimo na rentabilidade do produtor próximo a R$2.000/hectare", conta.

O cálculo é feito da seguinte forma: primeiro considera-se que uma lavoura que produz 50 sacas/hectare, sem fazer o controle da produção de etileno, costuma ter 15% de café no chão. Este café de varrição chega a custar R$150 a menos. Se houver a aplicação do produto, o cafeicultor consegue reduzir pela metade esta perda. Por outro lado, também terá ganhos financeiros ao obter maior quantidade de frutos cereja, que costuma render até R$100 a mais por saca. Conforme mencionamos, ao equilibrar a produção de etileno, é possível aumentar em 20% o café cereja, portanto, é um aumento garantido na rentabilidade, já descontados os custos de aquisição e de aplicação do produto.