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Saiba como planejar o pós-colheita no café e evitar prejuízos

Apesar dos preços mais altos do café atualmente, o produtor enfrenta quebra da produtividade e aumento dos custos de produção. Diante deste cenário, como o produtor pode planejar melhor o pós-colheita para evitar prejuízos? Confira algumas dicas do engenheiro agrônomo César Pirajá Figueiredo que acompanha a maior parte das mais relevantes regiões cafeeiras no país.
Tudo indica que os custos de produção vão continuar altos, e não devem retornar aos níveis da safra 2019. Além disso, há especulações de que pode faltar adubos e defensivos por causa da pandemia e do aumento da demanda, impulsionada pela perspectiva de maior área plantada de muitos grãos e cereais, com preços em alta. Neste cenário, os custos nesta safra aumentaram, em média, 30% comparados à colheita do ano passado, para cerca de R$ 1.500 o hectare, diz Figueiredo. Este aumento é puxado pelos preços mais altos de muitos insumos, como o óleo diesel, e também é influenciado pela alta do dólar e pelos efeitos econômicos da pandemia da Covid-19.
Muitos produtores também tiveram custo adicional para controlar o bicho mineiro, praga que causa desfolha. A sua incidência aumenta com a seca, fazendo com os produtores precisem intensificar as aplicações para combater a praga. Assim, gastando mais para produzir o café desta temporada, o produtor precisa priorizar o seu planejamento para o pós-colheita. O primeiro passo para isso é saber, primeiramente, o seu custo de produção, orienta o agrônomo. A maioria dos produtores ainda não faz isso, e é importante que os cafeicultores tenham os insumos na fazenda para fazer as pulverizações de pós-colheita e de florada.
O produtor deve comprar e armazenar os insumos destinados à primeira e segunda adubações mais cedo, “em agosto, setembro no máximo”, destaca. Se ele deixar para adquirir estes insumos em outubro, vai coincidir com o plantio da safra de grãos. Aí, pode ser uma dor de cabeça para ele. Então, os cafeicultores devem antecipar a compra de adubo diante dos já citados problemas previstos que eles podem enfrentar no segundo semestre do ano.